Salgueiro Maia

Nesta semana que passam trinta e três anos do 25 de Abril, importa recordar aqui e aproveito para fazer uma pequena e singela homenagem aquele que foi, para mim, o principal, não o único é certo, herói da Revolução dos Cravos, o Capitão Salgueiro Maia.


Muitas vezes ou quase sempre esquecido é principalmente a ele que devemos a liberdade de que usufruímos. Ele, um homem simples que nunca quis ser famoso, nunca quis ser dono da Revolução, ao contrário de outros, acabou por morrer esquecido por uma sociedade de memória curta e que não reconhece os seus verdadeiros heróis.

Foi ele que fez acender em nós a chama da liberdade e encarnou a coragem e determinação do povo português em libertar-se das amarras da censura e da repressão do regime fascista.

Destemido, avançou a partir do Regimento de Infantaria de Santarém com 240 homens para pôr fim à Ditadura que nos oprimia. Demonstrativo da grandeza do Homem foi o facto de feita a Revolução, este homem retirou-se desaparecendo nas brumas do tempo e da História.

Salgueiro Maia morreu, esquecido, em 1992 depois de uma longa doença. No entanto, a sua contribuição e legado jamais deixarão de ser lembrados pelos amantes da liberdade.


"Há diversas modalidades de Estado: os estados socialistas, os estados corporativos e o estado a que isto chegou! Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegamos. De maneira que quem quiser, vem comigo para Lisboa e acabamos com isto. Quem é voluntário sai e forma. Quem não quiser vir não é obrigado e fica aqui."

Salgueiro Maia na madrugada do dia 25 de Abril no Regimento de Infantaria de Santarém.