segunda-feira, 25 de maio de 2009

Moscovo 2009

Nos passados dias 12,14 e 16 de Maio de 2009 decorreu em Moscovo mais uma edição do Festival Eurovisão da Canção.

A participação portuguesa ficou marcada por mais uma excelente actuação tendo pela segunda vez consecutiva conseguido ultrapassar as meias-finais e classificar-se para a grande Final onde os Flor-de-Lis com "Todas as ruas do amor" cujo tema já aqui apresentei anteriormente, obtido um honroso 15º lugar com 57 pontos sendo a única canção de raíz étnica presente na final. Apenas três lugares abaixo da performance de Vânia Fernandes em 2008, que como se sabe, merecia muito mais do que conseguiu já que foi considerada a melhor pela Comunicação Social presente.

No que se refere às outras cancões, na globalidade, na ominha opinião, a qualidade foi inferior a 2008 mas não se deixou de ouvir aqui e ali belas melodias. Num certame marcado nas votações mais uma vez pelo critério das vizinhanças mas, quanto a isso, não há nada a fazer...

Acabou por vencer o Festival, Aleksander Rybak, um jovem-prodígio que cantava e tocava violino, representante da Noruega, que não era nada de especial, mas, mesmo assim, bem melhor que a Rússia que venceu em 2008 e que, por sinal, no papel de anfitriões, tinham uma canção muito melhor do que a que apresentaram em Belgrado.

De resto nota negativa para uma nova tentativa para colocar os grandes países ocidentais da Europa com boas classificações através da sua colocação directa na final mais o país organizador, como foi claro exemplo a Espanha que, fruto da união dos votos dos países de leste não passou de um desolador penúltimo lugar. com uma canção igual a tantas outras. Vale a pena primar pela diferença como faz Portugal e espero que o continue a fazer no futuro.

Quanto ao Festival regressa com mais uma edição em 2010 a partir de Oslo na Noruega e, esperemos, com mais uma brilhante e prestigiante participação das cores nacionais portuguesas.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Taça da Vergonha II

E eis-nos chegados ao minuto 75 da partida. Passe para a área do Sporting, Daniel Carriço não intercepta, Di Maria adianta a bola que bate em Pedro Silva, no peito, mas o árbitro para estupefacção geral assinala grande penalidade. É aqui que entramos no domínio do surreal.

Perguntam os meus caros leitores, foi o árbitro que assinalou, não. Foi o árbitro auxiliar que estava no enfiamento da jogada de frente para o lance a dez metros, não. O arbitro confirma a indicação do auxiliar que se encontrava do outro lado do campo a 50 metros do lance sem qualquer hipótese de ver o mesmo dado que o jogador leonino estava de costas para ele. Incrível!


Instala-se imediatamente um grande sururu que termina com a expulsão do defesa do Sporting e marcação do penalty que daria o empate ao Benfica e consequente ida para as grandes penalidades onde os encarnados, mais felizes acabaram por triunfar.

Dirão os meus amigos benfiquistas que ainda havia um quarto de hora para jogar e que o Sporting falhou as grandes penalidades na decisão final, mas convenhamos que uma equipa que sofre este tipo de machadada não pode estar no seu plenitude do seu estado psicológico e, naturalmente, tudo isso acabou afectar os leões ainda para mais uma equipa tão jovem como é esta.

Mas a polémica não ficaria por aqui. Nos dias subsequentes é que se disseram as mais incríveis barbaridades. Começo pelo arbítro auxiliar que assinalou a grande penalidade a favor do Benfica, o tal que estava a 50 metros do lance, de nome Pais António, que na comunicação social disse qualquer coisa como isto e cito de memória: "Normalmente naquele tipo de lances o defesa joga sempre a bola com a mão dentro da área." Como se os lances fossem todos iguais. Mais muito mais grave foi a sua afirmação seguinte: Se voltasse atrás no tempo, voltaria a fazer a mesma coisa, a tomar a mesma decisão." Sem comentários...

O caro leitor já parou de rir com o ridículo da situação? Pois prepare-se para o melhor, a cereja no topo do bolo. Pedro Silva quando é expulso tem um atitude inqualificável dando uma autêntica peitada ao árbitro. Surpresa das surpresas, Lucílio Baptista nada menciona no relatório por segundo ele, "não se ter apercebido de tal atitude por parte do jogador." Simplesmente fabuloso.

Finalmente, o mesmo Pedro Silva acabou, por causa deste incidente, ser eleito o melhor jogador da Taça da Liga, uma votação feita pelos cibernautas no site da Liga de clubes o que não deixei de apreciar, e que deve ter feito corar de vergonha os altos responsáveis da Liga.